Beatriz Aquino realiza leitura pública da dramaturgia inédita “Branco – Esquecer não é morrer”, resultado de pesquisa sobre Alzheimer e memória

Beatriz Aquino realiza leitura pública da dramaturgia inédita “Branco – Esquecer não é morrer”, resultado de pesquisa sobre Alzheimer e memória

Atualizado em 3 de dezembro de 2025

No próximo dia 06 de dezembro, a atriz, escritora e dramaturga Beatriz Aquino apresenta ao público a leitura dramática de “Branco – Esquecer não é morrer”, obra inédita que nasceu de uma extensa e profunda investigação artística sobre a memória, o esquecimento e a condição humana diante do Alzheimer. O evento acontece às 15h, na **Biblioteca Municipal Centenário, em Poços de Caldas, com entrada gratuita, e conta com a participação especial do poeta Wellington Rafael na leitura compartilhada.

A dramaturgia é o resultado de um percurso que atravessa anos da vida e da trajetória artística de Beatriz. A pesquisa, segundo ela, começou ainda na juventude, durante seu primeiro trabalho voluntário em um asilo para idosos, em São Paulo. A partir dali, a artista seguiu visitando instituições em diferentes cidades e países, onde testemunhou o mesmo silêncio, o mesmo abandono e o mesmo medo atravessando histórias tão distintas — e, ao mesmo tempo, tão semelhantes em sua dimensão humana.

“No último ano quis saber mais sobre os estados dos abrigados dessas casas. Observar não apenas os sintomas, mas também a causa”, conta Beatriz. Foi nesse mergulho que o Alzheimer se tornou centro de sua investigação. Para compreender o universo da doença, a artista entrevistou médicos e familiares, pesquisou obras referenciais, conversou e conviveu com pessoas diagnosticadas, cantou com elas e acompanhou suas pequenas e grandes batalhas diárias na tentativa de reter — ou reencontrar — o fio da memória.

A partir desse processo, descobriu que a música é uma das últimas linguagens a desaparecer da mente de quem convive com a doença. “Na folha em branco em que seus cérebros vão se transformando, a música é um farol bonito a lhes lembrar que foram e que são ainda, muito, muito humanos. E o mesmo se dá com a dança, a pintura, a literatura”, relata a artista.

“Branco – Esquecer não é morrer” nasce desse conjunto de vivências, leituras, entrevistas e escutas sensíveis. O texto propõe uma dramaturgia não linear, composta por fragmentos, lapsos, fluxos de pensamento e camadas poéticas que expressam a desorientação, a lucidez intermitente e a humanidade profunda das pessoas afetadas pelo Alzheimer. A obra também dialoga com questões de gênero e identidade, temas recorrentes na trajetória de Beatriz Aquino, autora de sete livros publicados e responsável por dramaturgias reconhecidas por sua escrita visceral e por sua abordagem sensível das complexidades femininas.

A leitura pública marca a conclusão do projeto, selecionado pelo Edital PNAB 08/2024 – Desenvolvimento de Projetos (ID 1 8246/2024), com recursos da Política Nacional Aldir Blanc, por meio do Governo de Minas Gerais e do Ministério da Cultura. O encontro será também um momento de partilha artística e de reconhecimento às vozes que inspiraram a obra. 

Equipe técnica

Beatriz Aquino – escritora e dramaturga

Danielle Vilas Boas – produção executiva

Carol Gatti – assistente de produção

Jéssica Balbino – assessoria de imprensa e comunicação

Serviço

Leitura Pública – “Branco – Esquecer não é morrer”

📍 Biblioteca Municipal Centenário – Poços de Caldas

📅 06 de dezembro de 2025 (sábado)

🕒 15h às 16h30

🎟 Entrada gratuita

 

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