Criança com autismo tem lápis introduzido nas partes íntimas dentro de escola.

Criança com autismo tem lápis introduzido nas partes íntimas dentro de escola.

Atualizado em 13 de outubro de 2025


Um estudante de 8 anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), sofreu uma agressão dentro da Escola Municipal de Ensino Fundamental Ana Zenun Messias Vieira, em Campestre-MG. Segundo boletim de ocorrência e relatório médico, um colega de classe introduziu um lápis no ânus do aluno, causando sangramento e lesões internas.

A mãe do menino relatou que foi contatada pela escola na última terça-feira (13) informando que o filho não estava bem. Ao chegar em casa, durante o banho, a criança relatou dores na região dos glúteos. Ao retirar o short, a mãe identificou ferimentos e manchas de sangue na roupa íntima do filho.

O estudante foi inicialmente atendido no hospital da cidade e, posteriormente, transferido ao Hospital Universitário Alzira Velano, em Alfenas, onde exames confirmaram lesões compatíveis com agressão. A médica de plantão solicitou encaminhamentos para acompanhamento médico e psicológico, e o caso é acompanhado pelo Conselho Tutelar.

Ainda conforme o boletim, a mãe afirmou que o filho já vinha sendo alvo de bullying pelo mesmo colega. Situações anteriores já haviam sido comunicadas à escola, mas, segundo a família, nenhuma medida efetiva teria sido tomada.

A advogada da família, Tatiana da Silveira Reis, afirmou em entrevista à TV Poços que os pais do aluno agressor serão responsabilizados na esfera cível, e que o município também poderá responder por omissão diante das denúncias anteriores. O caso segue sob investigação da Polícia Civil e do Conselho Tutelar de Campestre.

Nota da Escola

O Município de Campestre, por meio da Secretaria Municipal de Educação, vem a público esclarecer que tomou conhecimento de uma denúncia relacionada à Escola Municipal de Ensino Fundamental Ana Zenun Messias Vieira, e que as providências cabíveis foram adotadas imediatamente, com o encaminhamento da situação aos órgãos competentes, entre eles o CREAS, para apuração dos fatos.

Esclarece-se que a instituição de ensino colaborou integralmente com o processo de investigação, encaminhando relatórios e informações aos órgãos responsáveis, conforme os procedimentos legais.

Ressaltamos que o caso ainda se encontra em fase de apuração, e até o momento não há qualquer indício de que tenha ocorrido fato irregular no âmbito escolar. Por essa razão, não é possível divulgar detalhes, em respeito à proteção das crianças e ao sigilo necessário às investigações.

O Município, por meio da Secretaria de Educação, reforça seu compromisso com a integridade, o cuidado e a segurança dos alunos, bem como com a transparência e a colaboração com as autoridades competentes.

Reforçamos, ainda, a importância de não se divulgar informações sem confirmação oficial para evitar prejuízos à imagem de pessoas e garantir o andamento responsável das apurações.


 

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