Pesca predatória na Represa Bortolan gera denúncias e reforça ação da Polícia Ambiental

Pesca predatória na Represa Bortolan gera denúncias e reforça ação da Polícia Ambiental

Atualizado em 11 de setembro de 2025

Moradores das proximidades da Represa Bortolan, em Poços de Caldas, denunciaram práticas de pesca predatória no local. De acordo com os relatos, pescadores vindos de cidades vizinhas estariam se aproveitando da baixa no nível da represa para realizar arrastões com redes — método proibido pela legislação ambiental. Mesmo quando alguns desses pescadores apresentam licença para pesca, o uso de redes configura uma infração e é passível de penalidade.

Foto: Silvano Alves

A equipe de jornalismo da TV Poços entrevistou o comandante do Grupamento da Polícia Militar de Meio Ambiente de Poços de Caldas, sargento Alexandre César Nunes Teixeira, que confirmou o recebimento das denúncias. Segundo ele, as fiscalizações na área foram intensificadas com o objetivo de identificar os responsáveis, verificar a validade das licenças e aplicar as medidas previstas em lei.

“Já realizamos algumas ações no local, porém ainda não flagramos pescadores em atividade durante as abordagens”, afirmou o sargento Nunes. Ele reforça que a pesca na represa é permitida, desde que sejam respeitadas as normas estabelecidas pela legislação ambiental vigente. A prática com redes de arrasto, no entanto, é expressamente proibida por seu potencial destrutivo ao ecossistema.

A pesca predatória é caracterizada por ocorrer sem autorização legal, muitas vezes em larga escala, o que compromete o equilíbrio ambiental da região. Pescadores flagrados em situação irregular podem ser autuados, receber multas que variam de R$ 1 mil a R$ 10 mil — ou mais, dependendo da gravidade da infração — e até responder por crime ambiental, com possibilidade de prisão em flagrante.

Para exercer a pesca de forma legal em Minas Gerais, é obrigatória a obtenção de licença junto ao Instituto Estadual de Florestas (IEF), por meio de cadastro no órgão ambiental. A Polícia Militar de Meio Ambiente destaca a importância da conscientização e da colaboração da população. Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelo telefone 181.

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