Conflito em obra do novo presídio resulta em demissões e escolta policial
Atualizado em 13 de outubro de 2025


A construção do novo presídio da cidade, realizada pela GCE S/A, tem enfrentado conflitos envolvendo trabalhadores vindos de outros estados, além de denúncias sobre condições inadequadas no alojamento e atrasos em passagens e salários.

Segundo os trabalhadores, os alojamentos abrigam até sete pessoas por quarto, com camas desorganizadas e banheiros em condições precárias. Um dos colaboradores relatou que um dos banheiros chegou a ficar sem limpeza por até sete dias. Além disso, os funcionários afirmam que a empresa não estaria cumprindo integralmente os acordos feitos em relação a salários e hospedagem.

Na última quinta-feira (9), cerca de 26 trabalhadores foram demitidos após um episódio de confusão no canteiro de obras. Eles foram escoltados pela Polícia Militar para fora do local. De acordo com a PM, 23 colaboradores estariam incentivando os demais a iniciar uma greve. A situação foi considerada insustentável, e a empresa acionou a polícia para conter os ânimos. A maioria dos funcionários veio de outros estados e deixou suas famílias para atuar na obra.

Problemas com alimentação
O fornecimento de marmitas também gerou reclamações e quase provocou a paralisação dos serviços. A empresa responsável pela construção, contratada pela Vale, informou que substituiu o restaurante que fornecia as refeições e que a situação já foi regularizada.
Resposta da GCE S/A
Em nota oficial, assinada pelo engenheiro Jefferson Bruno de Souza, a GCE S/A afirmou que cumpre rigorosamente todas as obrigações trabalhistas previstas na CLT e em acordos coletivos, oferecendo condições adequadas de trabalho, alimentação e alojamento. A empresa destacou que mantém diálogo constante com os colaboradores e aciona autoridades competentes sempre que necessário, preservando a segurança e o bem-estar de todos.

A GCE S/A reiterou seu compromisso com os colaboradores, parceiros e a conclusão segura do projeto. Após a finalização da obra, a administração da unidade será transferida ao Estado, que ficará responsável pela operação, seguindo todos os protocolos e diretrizes do sistema prisional mineiro.