Cuidados simples e acessíveis podem evitar a propagação de mentiras

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Pessoas de todas as idades são capazes de identificar e evitar a disseminação das fake news

Laura Faria
Amanda Brasil
Estudantes do 3º período do curso de Jornalismo PUC Minas Poços de Caldas

Com o avanço da tecnologia e o fácil acesso à informação, tornou-se mais simples para indivíduos mal-intencionados espalharem informações enganosas, que prejudicam a sociedade. É essencial que governos, plataformas digitais e organizações trabalhem juntos para combater esse problema e proteger a integridade da informação. A educação, o uso responsável da tecnologia e a promoção da transparência são passos fundamentais para enfrentar essa ameaça crescente. Ao tomar precauções, podemos preservar a confiança pública e uma sociedade informada e resiliente, respeitando também as diferenças entre as gerações que consomem conteúdos diversos.

A adolescência é uma fase de descobertas e formação de opiniões. Nesse contexto, a facilidade de acesso à internet e a popularização das redes sociais têm contribuído para que adolescentes se envolvam na disseminação de informações falsas, muitas vezes sem terem conhecimento suficiente para discernir a mentira dos fatos. Essa propagação desenfreada de desinformação pode ter consequências negativas, tanto para quem compartilha quanto para quem recebe. “Eu acabo acreditando em notícias que meus amigos me mandam pelo WhatsApp, repassando para meus outros amigos e familiares, mas quando descubro que não é verdadeira, aviso para todos eles. Inclusive, acho que quem repassa notícias falsas de propósito deve ser punido”, conta o estudante Gabriel Souza Figueiredo, 14 anos.

A disseminação das fake news também tem impacto direto na vida dos jovens que já estão na universidade. Como indivíduos que estão prestes a ingressar no mercado de trabalho, eles percebem que a propagação de informações falsas pode afetar negativamente sua reputação e credibilidade. Esses jovens estão cientes de que os potenciais empregadores podem pesquisar seu histórico online, levando-os a adotar uma postura mais cautelosa em relação ao compartilhamento de conteúdo. Outro fator importante é o acesso aos recursos tecnológicos. A geração atual de estudantes universitários está em um mundo digital e familiarizada com as ferramentas e plataformas que podem ajudar a identificar e combater a desinformação. Esses jovens estão mais propensos a usar verificadores de fatos online, buscar múltiplas fontes e consultar especialistas para obter informações confiáveis antes de compartilhar algo. “Deve- se denunciar mensagens fakes, verificar a veracidade das mensagens antes de divulgá-las e procurar saber sempre sobre a fonte”, afirma a estudante de Medicina, Lara Bianca Faria, 24 anos.

Com o rápido derramamento das notícias nas plataformas digitais, não só as novas gerações são afetadas por esta realidade. Os mais velhos enfrentam, além da própria relação com as possibilidades que o digital oferece, um desafio no combate à propagação de informações falsas. A falta de familiaridade com a tecnologia e a facilidade com que as notícias falsas se espalham representam obstáculos significativos, tornando-os mais suscetíveis a acreditar e compartilhar informações imprecisas. Muitos daqueles que não cresceram com a internet, têm menos experiência em navegar online e verificar as informações, podem se tornar alvos fáceis de informações enganosas. Golpistas e propagadores de fake news tendem a explorar a confiança e a vulnerabilidade dessas pessoas, criando histórias sensacionalistas e alarmantes. “Eu devo admitir que já compartilhei algumas notícias que descobri serem falsas. Não foi algo intencional, mas, às vezes, é difícil distinguir entre o que é verdadeiro e o que não é, especialmente quando as informações parecem confiáveis”, conta a auxiliar de limpeza Estela Manoela Franco da Silva, 63 anos.

A troca de informações e a cooperação mútua podem fortalecer os esforços de combate às fake news, promovendo a transparência e a confiabilidade da informação. Entretanto, a responsabilidade individual também desempenha um papel importante. “A desinformação se objetiva em copiar o formato jornalístico, ou seja, trazer uma distorção ética a partir do que é jornalismo, o que também trabalha com as informações que estão sendo discutidas naquele momento”, afirma o jornalista Diego de Deus.

As fake news são um desafio que exige um esforço conjunto e contínuo. “Você tem a responsabilidade sobre aquilo que você compartilha. Muitas vezes as pessoas confundem liberdade de expressão com irresponsabilidade, sem contar que, muitas vezes, a mentira pode causar danos a algo ou alguém”, comenta.

Para evitar a propagação de notícias falsas deve-se adotar algumas medidas e dobrar a atenção quando receber qualquer informação. “Devemos saber do que se trata a notícia e entender a mensagem. Verifique o que a mensagem quer dizer. Se for uma notícia que você recebeu em seu WhatsApp com o título em caixa alta, pontos de exclamação ou em negrito, desconfie”, aconselha.

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