A Caldense enfrentou o Mamoré no Estádio Bernardo Rubinger de Queiroz na noite desta quarta-feira (14/05) em Patos de Minas. O jogo ficou parado por mais de 40 minutos no segundo tempo por conta de reclamações com a arbitragem. A Veterana chegou a abrir 2 a 0, mas cedeu o empate.
A Caldense entrou em campo pressionada, precisando da vitória. O time estreou seu uniforme verde com o tema “Periquitos Mineiros”. O técnico Thiago Oliveira vinha cobrando uma mudança de postura do grupo e promoveu diversas alterações. Tanto nas peças, como na formação, deixou o 4-2-3-1 para atuar no 3-4-3.
As alterações surtiram efeito e desde o início pôde-se ver o time mais encaixado e melhor entrosado. O Mamoré tomava a iniciativa da partida por jogar em casa e arriscou um chute buscando o ângulo, para tirar o grito de ‘uuuuh’ da torcida. Aos 20 o goleiro alviverde Samuel Pires fez uma grande defesa. Na marca de 30, Nestor Mansur roubou a bola no campo de ataque, tocou para Igor Lemos, que tentou chutar. A bola ficou no bloqueio e, na sobra, Igor Alves quase marcou.
No final da primeira etapa, a Caldense alçou a bola na área, Léo Cruz escorou de cabeça e Gleisinho apareceu bem posicionado para empurrar a bola para o fundo das redes e marcou o primeiro gol da Veterana no ano do centenário. Ele dedicou o gol à esposa Maria Eduarda, que está grávida de três meses e comemorou com a bola dentro da camisa, simulando uma gestação.
Na segunda etapa, Igor Lemos saiu na cara do gol logo aos 6 minutos e o goleiro operou um milagre. Aos 10, em dividida do volante Júlio César com o marcador, a bola estourou. Marcílio sinalizou o fato ao árbitro e tirou a pelota de jogo pra que ela fosse trocada. Em vez de assinalar bola ao chão, a arbitragem apontou lateral para o Mamoré. O time de Patos cobrou rapidamente e a jogada originou o gol de empate, porém no lance houve um toque de mão do Mamoré. Pronto. A confusão estava formada.
A arbitragem inicialmente validou o gol, mas logo o quarto árbitro, que estava na frente do lance, informou ao juiz que viu o toque de mão. O árbitro então acompanhou a afirmação do quatro árbitro e anulou o gol. O Mamoré não concordou com a marcação e reclamou assiduamente. A arbitragem saiu de campo por questões de segurança. Houve muita reclamação, protestos. A torcida do Mamoré inflamou a atmosfera do estádio. A partida ficou parada por mais de 40 minutos.
Quando a situação se normalizou e a bola voltou a rolar. Gol da Caldense. Escanteio pela direita, Marcílio subiu livre na área e ampliou de cabeça, um alívio. O jogo ficou tenso. O Mamoré começou a entrar mais forte das divididas e a Caldense tentou se fechar na marcação. Os donos da casa foram pressionando. Em uma confusão na área, Kaíque diminuiu de cabeça. Três minutos depois, jogada similar, Jean Carlos empatou, também de cabeça. Placar final: 2 a 2.
“Fizemos um grande jogo. Infelizmente tomamos dois gols, mas foi um ponto importante conquistado fora de casa. Vamos pensar positivo. Nós viramos a chave. Guerreamos o jogo inteiro. Um clima hostil que a torcida deles fez, pressão e tudo. Criamos bastante chances hoje, fizemos dois gols e é continuar treinando para que no próximo jogo a gente possa fazer mais”, analisou o meia Nestor Mansur.
A Caldense volta a campo no próximo domingo (18/05) às 10 horas da manhã no Ronaldão diante do Varginha.