Cães dos bombeiros agilizam resgate e salvamento de vidas em Minas e em outros estados

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Alice Dionisio

Kyra, Chakal, Goku, Hera, Crhonos e Fênix. Estes heróis e heroínas não são atores, personagens de desenho animado e muito menos deuses ou deusas da mitologia grega, mas têm um papel fundamental no resgate e salvamento de vidas não só em Minas Gerais, mas também em outros estados. Eles fazem parte da matilha do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), com 26 cães utilizados nas operações de busca e salvamento, garantindo agilidade e efetividade nas ocorrências envolvendo pessoas desaparecidas em matas, escombros e até mesmo vítimas de homicídios, latrocínios e acidentes.

Escolhidos pela resistência, resiliência, agilidade e habilidades sensoriais, principalmente o olfato a audição e a visão, além de facilidade no aprendizado, os cães do Pelotão de Busca, Resgate e Salvamento com Cães (PBRESC) passam por um longo período de treinamento, que pode durar de de um ano e meio a dois anos, quando são submetidos a exames de certificação para poderem então atuar nas ocorrências.

Segundo o comandante do PBRESC, tenenete André Dutra, os cães são divididos em dois grupos, os treinados para buscar por odor específico e os que procuram por odor genérico.

“Nas ocorrências de pessoas perdidas em matas, que geralmente são a maior parte dos nossos atendimentos, é possível utilizar um cão que busque por um odor específico. Para isso, pegamos com os parentes da vítima algum pertence do ente desaparecido e oferecemos para o cão cheirar. A partir desse momento, o animal entende que está buscando apenas aquela pessoa especificamente, e nenhum outro odor tira o foco dele, até o encontro da vítima”, conta André Dutra.

Já para situações de desastres, como desmoronamentos, soterramentos, rompimentos de barragens, são usados os cães que são treinados para buscar por odor genérico. “Estes cães não têm a dica do que estão procurando, mas são treinados para entrar em um cenário de caos e procurar por pessoas. Alguns deles procuram apenas por pessoas vivas; outros por pessoas vivas, mas também por restos mortais e, por fim, têm ainda os que buscam apenas restos mortais ou cadáveres”, explica o oficial.

Raças utilizadas
As raças de cães mais utililizadas para as atividades de busca do CBMMG são os pastores alemães, pastores belgas de malinois, labradores e border collies. “Recentemente temos investido na raça Bloodhound para a atividade de busca por odor específico, pelo seu faro impressionante”, conta André Dutra.

Os cães do CBMMG recebem também uma forte base de socialização. Eles têm que se habituar com outros animais, com as pessoas, perderem a sensibilidade a barulhos e a vários estímulos externos. Não podem também ter medo de altura, de água, de objetos, de pisos instáveis e de texturas desagradáveis.

“À medida que o filhote vai ganhando confiança, vamos inserindo algumas dinâmicas para estimular seu interesse por brinquedos, que usaremos como recompensa para os treinamentos futuros. E aí seguem inúmeros detalhes minuciosos para formação de cada tipo de cão, mas que em resumo, aprendem a trabalhar para ganhar suas recompensas. Na verdade, quem trabalha somos nós, eles brincam de tentar ganhar o brinquedo. ”, conta o capitão Lucas Silva.

Cada cão é treinado apenas pelo bombeiro que será seu condutor, que também é capacitado para melhor se comunicar com os animais. A dupla é conhecida na corporação por binômio.

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