O número representa um crescimento de 32% se comparado ao mesmo período de 2019
Alice Dionisio | 09h15
A pandemia da Covid-19 mudou a rotina de todo mundo. Ao sair, o uso de máscaras passou a ser obrigatório, higienização das mãos agora é indispensável e tantos outros cuidados foram adotados. Mas muita gente não está conseguindo se adaptar à tantas mudanças, principalmente os estudantes.
Em março deste ano, as aulas presenciais foram suspensas em todo o país, incluindo o ensino superior. O Ministério da Educação (MEC) autorizou que o conteúdo fosse repassado aos alunos de forma remota, porém muitos preferiram abandonar as universidades.
De acordo com um levantamento feito pelo Semesp – sindicato que representa o setor do ensino superior privado no Brasil – 265 mil estudantes abandonaram o curso ou trancaram a matrícula só em abril e maio. A evasão foi quase 32% maior se comparada ao mesmo período de 2019.
Porém, o que mais influenciou na decisão da jovem de 22 anos foi a falta de aulas práticas. “O meu curso já é bem prático e no quinto semestre quase já não tinha mais aula teórica. Online é praticamente impossível a gente aprender como seria em sala de aula, por exemplo. Fora que o valor continuou sendo o mesmo, mas com uma qualidade menor” conta.
Laura garante que assim que a pandemia acabar e as aulas presenciais voltarem, vai destrancar a matrícula. “Espero que tudo volte ao normal o mais rápido possível. Assim os recursos financeiros da minha família vão melhorar e vou poder a voltar a ter minhas aulas presenciais” conclui.
A faculdade que ela frequenta, em Poços de Caldas, está liberando algumas aulas práticas e a esperança é que tudo volte ao normal ainda esse ano. “Estágio também foi liberado, inclusive no SUS (Sistema Único de Saúde). As coisas vão melhorando bem gradativamente e pode ser que setembro ou outubro eles falem pra gente voltar presencialmente. Espero que tudo flua bem e uma vacina seja logo fabricada, para voltarmos a rotina de antes” deseja.
A futura farmacêutica não vê a hora de poder ajudar os colegas de profissão no combate à Covid-19. “Acredito que nosso trabalho seja essencial nesse momento. Claro que junto aos demais profissionais da saúde que estão na linha de frente. Mas é papel do farmacêutico orientar os pacientes sobre o uso correto dos medicamentos, além de atuar em hospitais, laboratórios e drogarias e auxiliar no tratamento dos pacientes infectados” conclui Isabella.