A Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA 2), em Taguatinga, determinou uma apuração preliminar para identificar o aluno do Centro de Ensino Médio (CEM) 9 de Ceilândia que “presenteou” uma professora negra, no Dia da Mulher, com uma esponja de aço.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) tomou conhecimento da situação após denúncia nas redes sociais. Segundo o delegado-chefe adjunto da DCA 2, Flávio Messina, o fato de a vítima não ter procurado a delegacia não impede a instauração do procedimento, por se tratar de ato infracional de injúria racial.
“Nós vamos ouvir o adolescente, a professora e algumas testemunhas para formar o procedimento e encaminhar à Justiça como injúria racial”, informou Messina.
O fato de o caso ter ocorrido no Dia Internacional da Mulher chocou ainda mais a comunidade escolar. Em nota, a Secretaria de Educação disse que a direção da escola tem autonomia para conduzir o caso. A pasta informou ter recebido a denúncia no dia 13/3/23 e vai se reunir com o estudante e com a professora “para demais esclarecimentos”.
“A pasta ressalta, ainda, que repudia qualquer tipo de preconceito e reforça o compromisso e empenho na busca por elementos que permitam o esclarecimento dos fatos, bem como o suporte aos envolvidos.”
Você já presenciou ou sofreu alguma caso de racismo? A vítima teve o devido apoio, o agressor foi penalizado ou o ato teve maiores consequências?
Fonte: Observatório Social Pocos sustentável
Beatriz Aquino
