Morre Vitório Cioffi, o Riachão, ícone da música caipira

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Vitório Cioffi, o eterno “Riachão”, faleceu na manhã desta quarta-feira, 21 de agosto, aos 90 anos. O músico estava internado no hospital da Unimed, em Poços de Caldas, onde enfrentava um quadro de câncer.

Riachão, ao lado de seu irmão Orlando Cioffi, conhecido como “Riachinho”, formou uma das duplas mais icônicas da música caipira brasileira. Juntos, eles deixaram uma marca indelével no cenário musical nacional com suas canções de grande sucesso. Entre os destaques de sua carreira está a música “A Marca da Ferradura”, que ganhou projeção nacional ao ser gravada pela emblemática dupla Tonico e Tinoco. Recentemente, a canção foi regravada pelo Padre Alessandro Campos, perpetuando a obra de Riachão para novas gerações.

O velório de Vitório Cioffi está ocorrendo Velório Municipal de Poços de Caldas. O sepultamento será no Cemitério da Saudade.

A Trajetória de Riachão e Riachinho
Nascido em 1934, Vitório Cioffi e seu irmão Orlando, nascido em 1937, vieram ao mundo na Fazenda Quincas Dias, localizada no município de Jimirim, hoje Poço Fundo, em Minas Gerais. A família Cioffi, imersa em tradições musicais e folclóricas, contou com cinco irmãos que também se dedicaram à música. Além de Riachão e Riachinho, destacam-se as duplas Moreno e Moreninho (Pedro e João Cioffi) e o Catireiro (Omero Cioffi), que integraram a dupla “Bate-Pé e Catireiro”.

A carreira musical de Riachão e Riachinho começou em 1955, com a gravação de seu primeiro disco de 78 rpm pela gravadora Colúmbia, contendo as faixas “Despedida” e “Castigo de Santos Reis”. Nos anos subsequentes, a dupla lançou sucessos como “Boi Assombração”, “Índio Paulistano”, “Mutirão do Italiano” e “Cuiabano Araçá”. Após uma pausa, retornaram em 1963 com novas gravações pelo Selo Sertanejo.

Além de cantores, os irmãos foram compositores notáveis. A música “Treze de Maio”, uma congada composta por Teddy Vieira, Riachão e Riachinho, foi gravada pelos irmãos Moreno e Moreninho em 1956. Contudo, “A Marca da Ferradura”, coescrita por Lourival dos Santos e Riachão, destacou-se como a obra mais célebre da dupla.

Em 2004, Riachinho lançou o CD “Sonho Realizado”, que apresentava regravações dos sucessos da dupla e outros clássicos da música caipira. Riachão também diversificou sua atuação como humorista em programas de TV e fundou a “Orquestra Paisagem do Sertão” em Poços de Caldas, onde residiu até seu falecimento.

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