O Governo de Minas já está preparado para receber e fazer a distribuição das vacinas contra a covid-19 para o público infantil. A previsão é a de receber 370 mil doses ainda neste mês. A chegada das primeiras remessas no Brasil está prevista para os dias 13, 20 e 27/1. Em seguida elas são distribuídas aos estados. A informação foi divulgada pelo secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, durante coletiva de imprensa nesta quinta-feira (6/1) na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.
De acordo com o secretário, o universo de crianças de 5 a 11 anos em Minas é da ordem de 1,8 milhão. A expectativa é a de que todas elas recebam a primeira dose do imunizante até o final de março. “Espero que pais e responsáveis levem as crianças para vacinar contra a covid. Não há nenhuma dúvida em relação à segurança da vacina e não haverá nenhum tipo de documento obrigatório, como prescrição médica”, alertou Baccheretti.
Solução
Segundo dados do Vacinômetro, Minas ultrapassou a marca de 85% das pessoas com 12 anos ou mais com as duas doses ou dose única. Já o reforço foi tomado por 16,46%. No entanto, muitos mineiros ainda estão com o cartão vacinal atrasado.
“Minas está entre os estados que melhor vacinou a população, com mais de 35 milhões de doses aplicadas. E temos doses disponíveis para toda a população acima de 12 anos. É importante que todos tomem a vacina quando chegar a sua vez”, afirmou.
Segundo ele, um estudo da SES demonstrou que o risco de alguém que não se vacinou pegar a doença e vir a óbito é 11 vezes maior que aquela pessoa que tomou as duas doses. “Ou seja, quem não tomou a vacina não tenha dúvida: tome a vacina, porque é a única solução para a pandemia”, disse.
Pandemia
Sobre o cenário da pandemia em Minas, Fábio Baccheretti explicou que, apesar do avanço rápido da Ômicron, existe uma tendência de redução de casos graves e de óbitos causados por covid-19, mais uma prova da eficácia da vacina.
“No entanto, teremos uma tendência de aumento de novos casos, especialmente por causa das aglomerações de final de ano, maior incidência Ômicron, que é mais transmissível, e em função do relaxamento das medidas de cuidado, como o uso de máscaras. Não é hora de baixar a guarda. Tudo isso vai passar”, ressaltou.
Gripe
Sobre o aumento do número de casos de gripe, Fábio Baccheretti explicou que trata-se de um adiantamento da sazonalidade da doença. Segundo ele, a expectativa era de um cenário em fevereiro e março, mas que antecipou para dezembro e janeiro.
“A gripe não mudou o seu cenário em relação a letalidade e gravidade. Continuamos internando, proporcionalmente, poucas pessoas. Mas é importante ressaltar que os cuidados com a gripe e a covid são os mesmos, como o uso de máscaras e higienização das mãos. Quem tiver sintomas gripal deve buscar, preferencialmente, o posto de saúde e evitar as urgências para que aqueles locais estejam preparados para receber os casos mais graves”, disse.