“Poesia Salva”: sarau reúne professores de língua portuguesa da rede municipal de ensino

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Alice Dionisio

“Poesia salva”. Assim, a professora de Língua Portuguesa da E. M. José Avelino de Melo, Loredany Villela Galindo Peres, abriu a sua fala durante o sarau realizado pelo Centro de Referência do Professor “Monsenhor Trajano Barroco” (CERPRO), na tarde da última terça-feira (11), na Biblioteca Municipal Centenário.

A tarde poética, que contou com a presença da secretária adjunta de Educação, Deborah Brianezi, foi uma oportunidade de reunir professores da área de Língua Portuguesa, com o objetivo de compartilhar vivências culturais diversas, suas poesias favoritas, experiências pedagógicas e o cotidiano escolar.

“Com a poesia trabalhada dentro da sala de aula você consegue chegar até o aluno, fazer com que ele seja um ser humano melhor. A escrita e a leitura fazem isso. Você lê e coloca no papel o que você sente, é uma maneira de se expressar”, conta a professora Loredany.

O 1º Sarau de Poesias promovido pelo Centro de Referência ganhou ainda mais importância neste momento delicado vivenciado pela comunidade escolar. Além da equipe do CERPRO, Flávia Camargo e Yuri Tobias, o evento contou com a mediação do professor José Ricardo de Freitas, da E.M. Pedro Affonso Junqueira.

Autor do livro “Da pipoca à Educação – a trajetória de um professor lúdico”, José Ricardo pôde compartilhar sua história de vida com os colegas e sua luta para realizar o sonho de ser professor. O educador – que começou a trabalhar como vendedor de pipocas – conseguiu dar início à sua formação no Curso de Letras aos 35 anos, já casado. “Eu sou apaixonado pela Língua Portuguesa e a minha grande paixão é a gramática”, confidenciou.

Já a paixão da coordenadora do Centro de Referência do Professor, Flávia Camargo, é a obra do poeta mato-grossense Manoel de Barros. Ela levou para o sarau, o Tratado geral das grandezas do ínfimo.

“A poesia está guardada nas palavras — é tudo que eu sei.
Meu fado é o de não saber quase tudo.
Sobre o nada eu tenho profundidades.
Não tenho conexões com a realidade.
Poderoso para mim não é aquele que descobre ouro.
Para mim poderoso é aquele que descobre as insignificâncias (do mundo e as nossas).
Por essa pequena sentença me elogiaram de imbecil.
Fiquei emocionado.
Sou fraco para elogio”.

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