Projeto de pesquisa dos cursos de Fisioterapia e Engenharia Elétrica tem o objetivo de desenvolver um protótipo capaz de controlar os tremores causados pela doença
Os cursos de Fisioterapia e Engenharia Elétrica da PUC Poços de Caldas recrutam pessoas diagnosticadas com Parkinson, para participar do projeto de pesquisa intitulado “Desenvolvimento de um protótipo de estimulador elétrico portátil para controle do tremor em pacientes parkinsonianos”. Trata-se de um protótipo que serviria como uma espécie de luva para amenizar os tremores sofridos por pessoas que possuem a doença.
Interessados devem entrar em contato com a Clínica de Fisioterapia do Campus da PUC Minas em Poços de Caldas pelo telefone (35) 3729-9252. O requisito básico para participar do projeto é que o paciente seja diagnosticado com Parkinson e que possua um tremor característico da doença já em um nível que gere incômodo. Os testes com o protótipo serão feitos presencialmente também na Clínica de Fisioterapia do Campus.
O projeto
De acordo com uma das responsáveis pela pesquisa, professora Luciana Vasconcelos, em uma pesquisa anterior, verificou-se que uma corrente elétrica tradicional da fisioterapia consegue reduzir o tremor por um tempo limitado após o uso. Como o equipamento é grande, fica muito difícil propor um uso domiciliar, a qualquer momento, pelo indivíduo acometido pelo tremor parkinsoniano.
Assim, a ideia atual é desenvolver um equipamento pequeno, que serviria como uma luva. Este novo dispositivo vai gerar a mesma corrente presente no aparelho anterior, mas que poderá ser usado, a qualquer momento em qualquer lugar pelo paciente, e gerar o pulso elétrico que faça com que o tremor reduza na maioria dos indivíduos.
Na fase atual do projeto, os professores e alunos da Engenharia Elétrica conseguem replicar a corrente da fisioterapia em um equipamento ainda em dimensões maiores. Esta corrente precisa ser validada para que o projeto tenha continuidade.
Dessa forma, os pacientes recrutados para esta fase da pesquisa serão submetidos ao mesmo protocolo utilizado anteriormente com a corrente comercial da fisioterapia, para comparar os resultados. Se validada, o passo seguinte será a redução da dimensão do circuito até chegar a uma versão final do dispositivo. Os voluntários não correrão nenhum tipo de risco e nem precisarão pagar para colaborar com o projeto.
Além da professora Luciana, a pesquisa é coordenada pelo professor Celso Iwata Frison, da Engenharia Elétrica, e recebe colaboração do professor Tálisson de Souza Barbosa, do mesmo curso.